A CASA DE VISCONTI

Grandes Armas da Casa de Visconti

A Casa de Visconti teve início entre os séculos XII e XIII. Ganharam grande influência no período que seguiu o final das tensões entre Guelfos e Gibelinos. Os Guelfos, chefiados no Norte da Itália pelos Príncipes de Galli, perderam suas pretensões contra o Sacrossanto Imperador Romano Germânico. Em represália, os Imperadores da Alemanha alijaram os Galli de suas principais áreas de influência, que abrangia toda a Lombardia e a Toscana.

A Lombardia fora entregue em 1277 à Casa de Visconti, que por meio de seu membro mais influente, Oto Visconti, Arcebispo de Milão, passam a comandar a Cidade. Oto Visconti, apesar de Arcebispo, teve filhos e netos, e é com seus netos Mateus Visconti, Galeazzo I, Azzone Visconti, e o novo Arcebispo, João Visconti, que a saga da família continua.

João Galeazzo Visconti, o João de Bernanrdò, é oficialmente feito I Duque de Milão, em 1395, pelo Sacrossanto Imperador. Diz-se que os territórios sujeitos a seu domínio renderam a João Galeazzo em um ano - além da renda ordinária de 1 200 000 florins de ouro - outros 800 000 de súditos extraordinários.

João Galeazzo Visconti passa a ser João I, de Milão, e governa até 1402, quando morre, e é substituído por seu filho, João Maria I. O II Duque de Milão não consegue manter as conquistas da Casa, e o Ducado passa por um período de intensa desagregação, que dura até o assassinato de João Maria I, em 1412.

O III Duque de Milão é o irmão menor de João Maria I, que após contar com o apoio de alguns Príncipes Feudais, reconquista seu Trono, e volta a política expansionista do I Duque de Milão. O período do reinado de Felipe Maria I, III Duque de Milão foi considerado o mais brilhante da Casa de Visconto sobre o Milanês. 

Domínios da Casa de Visconti no século XIV.

Felipe Maria Visconti, O Último dos Visconti, morre em 1447, e sem deixar descendência. Os títulos e posses da Casa de Visconti foram legitimamente reclamados por  Luís XII da França, pois um antepassado seu, Luís de Turena havia desposado a Princesa Valentina Visconti, filha do I Duque de Milão, João I, de Visconti. 

Hoje os títulos e direitos da Casa de Visconti estão extintos, pois após o fim da Casa de Anjou da França, nenhum descendente da Casa de Visconti restara.  

A CASA D'EST

Grandes Armas da Casa d'Est, entre 1535 a 1741

A Casa d'Est é o ramo italiano de uma importante Casa Principesca européia. A origem da Casa d'Est se dá na Baixa Idade Méida, mais precisamente no período das lutas entre Guelfos e Gibelinos. Os Est obtiveram o domínio da Cidade de Ferrara em 1240, quando Azzo VII, d'Est, torna-se déspota da cidade.

As Cidades de Modena (em 1288) e Reggio Emilia (1289) ficaram sob o domínio da Casa d'Est. Como Ferrara era Feudo Papa, os Est tornaram-se Vigários Papais em 1332. Em 1452, o Sacrossanto Imperador Frederico III concede o título de Duque de Módena e Reggio aos Est. O título de Duques de Ferrara é concedido pelo Santo Padre o Papa Paulo II, em 1471. 

Brasão da Casa d'Est entre 1239 a 1431.

A Casa d'Est é uma das mais antigas da Europa. Da Casa d'Est surgiram:

Os Duques da Baviera;

Os Duques da Saxônia;

Os Duques de Brunswick;

Os Duques de Lüneburg;

Os Reis de Hanôver, e consequentemente,

Os Reis do Reino Unido.  

Apesar de tantos Ramos, a Casa d'Est não escapou à extinção. Os atuais titulares dos Ducados de Módena, Ferrara e Regio são os Habsburgo-Lorena-Est, descendentes do casamento entre a Princesa  Maria Beatriz d'Este, única herdeira do Duque Hércules III d'Este, com Arquiduque Fernando Carlos de Habsburgo-Lorena, cujo filho recebeu os títulos e direitos da mãe.

Armas da Casa de Habsburgo-Lorena-Est.

A REAL CASA DE MÉDICI

Armas da Real Casa de Médici

A Casa de Médici, ou de Médicis, teve início de uma família de Médicos, que cuidavam dos flagelados pela Peste Negra. Tornou-se Casa Real por uma incrível eleição popular. O Primeiro grande nome da Casa foi Carolimbo de Médici, o maior médico de todo o século XIV.

A família Médici teve origem em Mugello, uma Região da Toscana, gradualmente, aumentaram seu poder, até serem capazes de fundar o Hospital Tozzi Firenze, o maior hospital europeu do século XV. O poder dos Médicis cresceu muito após a fundação do Hospital, até poderem governar a Cidade de Florença, porém, oficialmente não fossem Monarcas da cidade.

Em 1531 os Médicis foram confirmados como Duques de toda a Toscana. Da Casa de Médici proveram quatro Papas, o que aumentou ainda mais os poderes da Casa. Em 1569 o Ducado foi elevado a categoria de Grão-Ducado da Toscana, e os Médicis foram confirmados como Vassalos Diretos do Papa.

Itália em 1796.



Foram Grão-Duques de Florença da Casa de Médici:

Alexandre I, de Médici (1531-1537)

Cosme I, de Médici (1537-1574)

Francisco I, de Médici (1574-1587)

Fernando I, de Médici (1587-1609)

Cosme II, de Médici (1609-1621)

Fernando II, de Médici (1621-1670)

Cosme III, de Médici (1670-1723)

João Gastão de Médici (1723-1737)

MORRE OTTO V, DO SACRO IMPÉRIO ROMANO

Temos o triste dever da anunciar a morte do Arquiduque Otto von Habsburg, por Ius, Sua Sacrossanta Majestade Imperial Otão V, do Sacrossanto Império Romano Germânico.

Filho do Imperador Carlos I, d'Áustria, nascido Franz Joseph Otto Robert Maria Anton Karl Max Heinrich Sixtus Xavier Felix Renatus Ludwig Gaetan Pius Ignatius, em Reichenau an der Rax, em 20 de novembro de 1911, faleceu na Baviera, em 04 de julho de 2011, dia da criação deste Blog.

Após o fim da Monarquia Áustro-Hungara, a Casa de Habsburgo-Lorena exilou-se na Ilha da Madeira. Após a morte do pai o Bem-Aventurado Imperador Carlos I, tornou-se ainda muito jovem, chefe da última Casa Imperial Católica do mundo.

Morreu em sua residência, na Baviera, rodeado de seus filhos. Seus restos mortais serão transladados juntamente com os de sua esposa, a Arquiduquesa Regina de Saxe-Meiningen e Hildburghausen de Habsburgo-Lorena para a cidade de Viena, onde será sepultado no Mausoléu onde repousam os demais membros da Casa Imperial.

A REAL CASA DE BOURBON DAS DUAS SICÍLIAS

Brasão d'Armas da Real Casa de Bourbon-Duas Sicílias.

A Monarquia da Casa de Bourbon das Duas Sicílias foi uma das mais estáveis do período pré-Unificação da Itália. A Monarquia iniciou como o Reino de Nápoles e o Reino da Sicília, ambos fundados por Rogério II da Sicília, em 1130.

Após a morte de Rogério II, por diversas vezes os Reinos foram separados e reunidos. A Coroa da Sicília passou pelas Casas de Hohenstaufen (1185-1266); Casa Angevina e Aragonesa; Casa de Savoia; Casa de Habsburgo, até finalmente ser reunida definitivamente sob a Casa de Bourbon.

O Rei Fernando I de Bourbon, em 1816 suprimiu os Reinos de Nápoles e da Sicília, e com seus territórios formou o Reino das Duas Sicílias. Tal união teve caráter mais radical do que a feita no Reino Unido da Grã-Bretanha, por exemplo, pois Fernando I criou uma Monarquia nova, e para sinalizar tal situação, Fernando, até então Rei Fernando IV, da Sicília e de Nápoles, mudou seu numeral e título para "Fernando I, das Duas Sicílias".   

Fernando I, de Bourbon das Duas Sicílias.

Bandeira da Monarquia das Duas Sicílias

Chefes da Casa Real das Duas Sicílias

Reis das Duas Sicílias

1.      Fernando I, das Duas Sicílias (até 1825) Casou-se com Maria Carolina de Habsburgo.

2.      Francisco I, das Duas Sicílias (1825-1830). Casou-se com Maria Isabela de Bourbon-Espanha. Filho do antecessor.  

3.      Fernando II, das Duas Sicílias (1830-1859). Casou-se com Maria Cristina de Savoia. Filho do antecessor.  

4.      Francisco II, das Duas Sicílias (1859-1894). Casou-se com Maria Sofia da Baviera, e teve apenas uma filha, a Princesa Maria Cristina Pia, que morreu aos três meses. Filho do antecessor

Chefes da Casa Real

5.      Alfonso de Bourbon-Duas Sicílias, Conde de Caserta (1894-1934). Filho de Fernando II, das Duas Dicílias. Casou-se com Maria Antonieta de Bourbon-Duas Sicílias. Sobrinho do antecessor

6.      Fernando Pio de Bourbon-Duas Sicílias, Duque de Calábria (1934-1960). Casou-se com Maria da Baviera. Filho do antecessor.

7.      Ranieri Maria Getano de Bourbon-Duas Sicílias, Duque de Castro (1960-1966). Casou-se com a Condessa Maria Carolina de Zamoyska. Filho de Alfonso, Conde de Caserta e irmão do antecessor.

8.      Fernando Maria Andre de Bourbon-Duas Sicílias, Duque de Castro (1966-2008). Casou-se com Chantal de Chevron-Villette. Filho do antecessor.

9.      Carlos de Bourbon-Duas Sicílias, Duque de Castro (2008-?). Casou-se com Camilla Crociani. Filho do antecessor.    

A REAL CASA DE SAVOIA

Armas Completas dos Reis da Itália,

e Imperadores do Império Colonial Italiano

A Casa de Savoia é sem a menor sombra de dúvida, uma das mais antigas Casas Italianas. Seus ramos formaram Condados e Principados, que após determinado período, converteram-se ao Ramo Primogênito de Savoia.

Inicialmente a Casa de Savoia possuía o título de Condes de Savoia. O I Conde de Savoia foi Humberto I, que iniciou seu reinado no ano de 1003. Amadeu VIII, XX Conde de Savoia recebeu o título de Duque em 1416. Vale-se lembrar, que na Itália, o título de Duque é muitas vezes preferido ao título de Príncipe, ao contrário do que sempre ocorreu no restante da Europa.

O título de Duque fora utilizado até 1720, quando em 17 de fevereiro, Vítor Amadeu II torna-se Rei da Sardenha. O título de Rei da Sardenha, fora utilizado até 17 de março de 1861, quando então Vítor Emanuel II é reconhecido como o REI DA ITÁLIA.

RAMOS DA CASA DE SAVOIA

A Casa de Savoia, como uma das mais antigas Casas Nobres da Europa, foi sub-partida em diversos ramos com o passar dos séculos, veremos as Armas dos principais deles:

Brasão d'Armas do Ramo dos Savoia de Gênova

Brasão d'Armas do Ramo Aosta da Casa de Savoia